Política: “APLB” Presidente da APLB critica gestão de Colbert e aponta desafios para Pablo Roberto na Educação
Marlede afirmou que a APLB está aberta ao diálogo com o novo governo e com Pablo Roberto, e espera que a gestão esteja disposta a discutir soluções de curto, médio e longo prazo.

Marle Oliveira, presidente da APLB Feira de Santana, falou sobre a nomeação de Pablo Roberto como novo secretário de Educação no governo eleito de José Ronaldo. Embora tenha reconhecido que a escolha dos secretários de Educação não costuma envolver consultas ao sindicato, ela enfatizou a necessidade de um diálogo efetivo com a categoria para enfrentar os graves problemas que afetam a educação municipal.
“Quero dizer que nunca foi prerrogativa da APLB Sindicato a escolha de secretário de Educação, seja na rede estadual ou municipal. O que queremos agora é acesso ao diálogo com o governo, para que o secretário seja um intermediário entre o governo e a classe trabalhadora”, declarou Marle.
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A presidente enumerou uma série de pautas pendentes que acumulam mais de seis anos de reivindicações, incluindo:
Plano de carreira: Marle afirmou que o plano foi destruído por decisões do atual governo, prejudicando professores e funcionários.
Salários cortados: A categoria sofreu cortes de até 70% durante a pandemia em 2020, uma decisão judicialmente revertida, mas ainda não cumprida pela prefeitura.
Piso salarial e enquadramento: Muitos professores ainda não recebem o piso nacional e não tiveram enquadramentos ou mudanças de referência devidamente aplicados.
Precatórios do FUNDEF: Marle criticou o uso de recursos destinados à educação sem repasse aos professores. “Desde 2018, esses valores vêm sendo usados sem que um centavo tenha sido pago aos professores”, disse.
Condições das escolas: Ela destacou a precariedade na infraestrutura, falta de funcionários, ausência de reservas para planejamento docente e baixos salários de diretores escolares, que chegam a receber apenas R$ 400 de gratificação.
Marle também ressaltou que a categoria tem enfrentado situações caóticas na educação municipal nos últimos anos, citando greves realizadas em 2019 e 2022. “Vivemos um caos. O prefeito Colbert está saindo, mas deixa um rastro de perversidade e destruição.”
Ela afirmou que a APLB está aberta ao diálogo com o novo governo e com Pablo Roberto, e espera que a gestão esteja disposta a discutir soluções de curto, médio e longo prazo. "Nenhuma educação vai avançar sem diálogo. Precisamos de melhorias nas escolas, valorização dos professores e um olhar especial para os alunos, principalmente filhos de famílias pobres e negras que dependem de uma educação pública de qualidade.”
Ao final, a presidente reafirmou o compromisso do sindicato com a luta pela melhoria da educação e pelos direitos da categoria: “A APLB estará sempre aberta para dialogar e construir uma educação melhor para todos.”
Fonte: Conectado News / Por: Mayara Nailanne
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